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Organizações buscam orientar a população sobre Unidades de Conservação, a fim de proteger a natureza

Publicado em: 28/07/2023

Espalhadas pelo Brasil, as Unidades de Conservação, conhecidas como UCs, têm o papel de preservar a natureza, administrar o uso sustentável dos recursos naturais, além de prever a recuperação dos ambientes naturais. 

Desde que foi instituído o Sistema Nacional de Conservação da Natureza (SNUC), em 2000, já foram criadas mais de 2.400 unidades em todo território nacional, divididas entre os níveis federal, estadual e municipal. 

Para melhor estruturação, as Unidades de Conservação foram separadas em dois tipos: Unidades de Proteção Integral e Unidades de Uso Sustentável. Para cada tipo, foram criadas diferentes categorias com base no objetivo e no uso da Unidade de Conservação, como estações ecológicas e reservas extrativistas. 

Entretanto, o trabalho realizado nas Unidades de Conservação tem sido afetado pelos altos índices de desmatamento e focos de incêndio. Na região da Amazônia Legal, as UCs perderam mais de 1,38 mil km² de floresta, entre os meses de janeiro e outubro de 2021, conforme dados coletados Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). 

Ave Aracai Banana em um Parque Nacional. Foto: Adobe Stock
Desmatamento e focos de incêndio em Unidades de Conservação ameaçam a vida de animais. Foto: Adobe Stock

Por meio do BDQueimadas, o Inpe também aponta que as UCs federais sofreram com mais de 8200 focos de incêndio, em 2022 – sendo os principais na Unidade de Conservação Flona do Jamanxin, no Pará, com 1142 focos, seguida pelo Resex Chico Mendes, no Acre, com1141 focos, e Parna das Nascentes do Rio Paraíba, que engloba o Maranhão, Piauí e Tocantins, com 764 focos de incêndio. 

Já as UCs estaduais com mais focos de incêndio, entre janeiro e dezembro de 2022, foram a Área de Proteção Ambiental (APA) Triunfo do Xingu, no Pará, com 3252 focos, a Resex Jaci-Paraná, em Rondônia, com 1042 focos, e a APA do Rio Preto, na Bahia, com 616 focos de incêndio. E somando todas as UCs estaduais, foram mais de 9200 focos registrados. 

Conhecimento pode salvar Unidades de Conservação do desmatamento e focos de incêndio 

Para apoiar a preservação das 335 Unidades de Conservação federais, o ICMBio tem incentivado a população a conhecer as UCs. Só em 2022, foram mais de 21,5 milhões de visitas em 137 unidades, em todo o país. 

Além disso, existem campanhas realizadas por empresas e organizações da sociedade civil interessadas na valorização das UCs, que também atuam no incentivo à população, entre elas a ação Um Dia No Parque que, em 23 de julho deste ano, levou mais de 120 mil pessoas às UCs. Na ocasião, foram realizadas atividades em mais de 400 unidades, sendo 63 de nível federal. 

Pessoas praticando atividades na campanha Um Dia No Parque. Foto: Imazon
Ação Um Dia No Parque leva mais de 120 mil pessoas às Unidades de Conservação. Foto: Imazon

O objetivo de tais ações é mostrar as Unidades de Conservação ao público e engajar as pessoas a preservarem aquela área e todo o ecossistema em que a unidade faz parte, garantido, também, às populações tradicionais o direito ao uso sustentável dos recursos naturais. 

Mas para além das campanhas de incentivo, existem UCs, como as estações ecológicas, em que não é permitido visitação, apenas em casos de realização de pesquisas e objetivos educacionais. Essas medidas são tomadas para prevenir o uso indevido dos recursos naturais e o aumento do desmatamento ou focos de incêndio nas regiões. 

Tem interesse em acompanhar a situação dos focos de incêndios em áreas protegidas? Então, confira o relatório Focos de Calor, que traz em boletins trimestrais todas as informações e análises sobre a distribuição espacial e histórico temporal dos focos de calor registrados em UCs e TIs na Amazônia Legal. 

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