Publicado em: 14/12/2023
A pobreza no Brasil é um desafio antigo, mas que tem diminuído. De acordo com a Síntese de Indicadores Sociais, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2022, foram contabilizadas 67,8 milhões de pessoas na pobreza e 12,7 milhões em extrema pobreza, ante 78 milhões e 19,2 milhões, em 2021, respectivamente.
Em proporções, houve uma redução para 31,6% no percentual de pessoas em situação de pobreza e para 5,9% na proporção de pessoas em situação extrema pobreza – aquelas que vivem com menos de R$ 200,00 por mês.
Mesmo com a queda, ainda não foi possível alcançar o menor índice de pobreza do país, isso porque, em 2014, o Brasil registrou 30,8% e 5,2% da população vivendo em situação de pobreza e extrema pobreza.
Demograficamente, o Nordeste é a região que concentra a maior porcentagem de pessoas em situação de pobreza, são 43% dos 67,8 milhões. Já o Sudeste contabiliza 30,7% e a região Norte 12,8%. Os 13,5% restantes estão distribuídos entre as regiões Sul e Centro Oeste.
Além disso, quando considerados fatores como gênero e etnia, os dados ainda mostram que as mulheres negras e pardas são as mais afetadas pela pobreza e extrema pobreza. Elas representam 41,3% da população que está na pobreza e 8,1% na extrema pobreza. Detalhando ainda mais esse recorte, 72,2% das mulheres pretas e pardas que estão em situação de pobreza têm crianças menores de 14 anos e não tem cônjuge.
Já a pesquisa As Múltiplas Dimensões da Pobreza da Infância e na Adolescência no Brasil, realizada pela UNICEF, mostrou que 32 milhões de crianças e adolescentes se encontram em situação de pobreza no Brasil.
O levantamento do IBGE aponta que os programas sociais são cruciais para o processo de redução da pobreza e, caso eles não existissem, os números poderiam ser até 80% maiores.
Os programas sociais foram capazes de contribuir com 20% do total dos rendimentos nos lares de pessoas pobres. Já no caso de lares de extrema pobreza, os programas sociais contribuíram com 67% dos rendimentos.
A renda originária do trabalho contribuiu com 27% do rendimento das famílias em extrema pobreza. No caso das famílias pobres, esse número chegou a 63%.
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