Publicado em: 16/01/2024
O Sistema Aracuã, monitoramento de queimadas em tempo real que tem ajudado brigadistas a combaterem focos de calor e incêndios no Pantanal, voltou a ser destaque na mídia.
Com a Lei do Pantanal sendo sancionada no final de 2023, no Mato Grosso do Sul – com previsão de entrar em vigor em fevereiro de 2024, 60 dias após a sua publicação –, o bioma ganha novamente as atenções. Desta vez, não pelas devastações e queimadas no território, mas por uma ação que pode impulsionar tanto a preservação quanto o desenvolvimento sustentável da região.
Além da criação do Fundo Estadual de Desenvolvimento Sustentável do Bioma Pantanal, a nova legislação propõe, entre outros tópicos, manter os cultivos agrícolas já existentes na região. Mas impede a expansão das áreas e a implantação de novos, exceto para cultivos de agricultura de subsistência em propriedades rurais familiares ou pequenas propriedades sem fins comerciais.
Marina Silva, Ministra do Meio Ambiente, destacou em entrevista que a lei vai ajudar a diminuir a apreensão em relação às queimadas que atingem o território todos os anos, já que a união entre o Governo Federal, Estadual e a assembleia legislativa tende a trazer mais segurança e ações de maior amplitude tanto para o combate aos incêndios quanto para a conservação do bioma de forma geral.
O Sistema Aracuã, a tecnologia de monitoramento remoto de focos de calor e queimadas em tempo real, foi destaque, junto à Lei do Pantanal, da reportagem “Pantanal: ONG monitora queimadas em tempo real para ajudar brigadistas locais”, produzida pelo portal Terra.
Lançado oficialmente em outubro do ano passado pela SOS Pantanal, como uma das estratégias de prevenção aos incêndios no bioma, o Sistema de Monitoramento Aracuã tem ajudado a evitar os focos de incêndio na região. Uma das etapas do Sistema, o Painel Aracuã – desenvolvido pela Synergia Socioambiental – possibilita o monitoramento de dados variados, e pode desempenhar um papel fundamental na região, ajudando na previsão para os meses seguintes e no desenho de estratégias de prevenção e combate ao fogo.
Na reportagem, Marcos Vinicius Quizadas de Lima, especialista de Geoprocessamento da Synergia, destaca a interpretação facilitada dos dados, possibilitada pelo painel, o que pode ajudar o público geral na identificação de padrões cruciais para o combate e prevenção de incêndios florestais: “Havia a necessidade de um painel que sintetizasse informações de diversas fontes com uma linguagem acessível”, destaca Quizadas em trecho retirado da matéria do Terra.
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