Publicado em: 05/05/2023
As lideranças comunitárias têm papel fundamental no desenvolvimento de comunidades, pois atuam nas reinvindicações de direitos, na organização e apresentação de demandas para o poder público e na representação dos/as moradores e moradoras em busca de desenvolvimento social.
Como forma de fortalecer e qualificar as lideranças comunitárias, a Organização das Nações Unidas (ONU) tem capacitado pessoas para atuar como multiplicadores e multiplicadoras. Entre as iniciativas da ONU, mulheres indígenas, trans e migrantes, que atuam como lideranças comunitárias, foram capacitadas para orientar mulheres de suas comunidades sobre prevenção à violência de gênero.
Na Guiné-Bissau, a Organização também capacitou jovens em liderança comunitária. O projeto, de 2019, teve como objetivo tornar as jovens lideranças em agentes de paz, ou seja, consolidar a paz no país a partir da atuação de jovens capacitados das próprias comunidades locais.
Durante a pandemia de Covid-19, as lideranças comunitárias foram essenciais para minimizar os impactos da doença e as desigualdades já acentuadas no Brasil, por meio da distribuição de cestas básicas, de materiais de higiene pessoal, suporte para as famílias e do relacionamento com organizações capazes de contribuir no período de crise.
A campanha Solidariedade em Manguinhos foi um exemplo. Lá, lideranças comunitárias e pesquisadoras da FioCruz se reuniram para arrecadar dinheiro, que foi convertido em artigos de necessidade, entre eles: 660 cestas básicas, 660 kits de higiene e limpeza, 190 máscaras de pano, 400 kits de lanches e quase 3 mil unidades de fraldas geriátricas.
A atuação das lideranças, que também são moradores e moradoras dos territórios, é uma forma de dar voz a quem precisa e servir como elo entre a população, as autoridades, pessoas e instituições dispostas a ajudar.
No bairro de Lavras, em Guarulhos (SP), as famílias reassentadas, lideradas por mulheres, assumiram a responsabilidade social ao cuidar do ambiente do condomínio, o que contribuiu para a evolução das condições de vida e melhor integração dos/as moradores e moradoras do Conjunto Habitacional Lavras.
A participação de mulheres na liderança de comunidades não é recente. No período da escravidão, Dandara, Tereza de Benguela, Aqualtume, entre outras, foram marcantes para a luta dos povos escravizados por estarem à frente das batalhas.
Assim, é possível observar que as mulheres sempre estiveram presentes em movimentos e posições de liderança, conquistando espaço social para elas e para outras pessoas que também reivindicam por seus direitos.
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