Publicado em: 19/09/2024
A indústria de papel e celulose tem se reinventado para reduzir os impactos socioambientais no planeta. Mas como isso é possível para um setor que tem as árvores como fonte de matéria-prima? Para responder a essa e outras perguntas, precisamos entender primeiro o mercado de papel e celulose.
A celulose é uma substância encontrada em plantas e árvores, como eucalipto, pinheiro e bambu, utilizada principalmente para a produção de papel, embalagens, tecidos, entre outros materiais.
O Brasil produziu mais de 24 milhões de toneladas de celulose em 2023, possibilitando que o país se tornasse o principal exportador de celulose do mundo. Ainda em 2023, foram mais de 15 milhões de toneladas exportadas, conforme dados da Indústria Brasileira de Árvores (Ibá), e desse total, 49% foram destinados para o mercado chinês, seguido pelo continente europeu.
Esses fatores contribuem para que a indústria de papel e celulose seja uma grande impulsionadora da economia brasileira. Em 2019, faturou, aproximadamente, R$ 97 bilhões e foi responsável pela geração de mais de R$ 10 bilhões em tributos federais, estaduais e municipais.
Diferente do que se imagina, a indústria de papel e celulose não usa as árvores nativas para produzir. As principais árvores utilizadas para produção são o eucalipto e o pinus, que são encontrados originalmente na Austrália e América do Norte, respectivamente, e para serem utilizadas no Brasil, é preciso planta-las.
Dessa forma, as árvores utilizadas pela indústria de papel e celulose são oriundas das florestas plantadas e, de acordo com a Associação Baiana das Empresas de Base Florestal (ABAF), o Brasil tem mais de 2 milhões de hectares de plantações de árvores para papel.
As florestas plantadas são aquelas cultivadas com o objetivo de reflorestar áreas devastadas ou para produção de produtos florestais, principalmente, para fins comerciais. Essas podem por sua vez causar impactos negativos no território, como erosão do solo e esgotamento de recursos hídricos, impactando na vida das comunidades locais.
Já as florestas nativas possuem o ciclo natural de desenvolvimento, respeitando as condições do solo, sem intervenção humana, além de possuir maior biodiversidade.
E para chegar ao resultado das florestas plantadas, o setor passou os últimos 50 anos investindo em ciência e tecnologia, possibilitando o uso de plantas mais modernas e no desenvolvimento do cultivo de árvores adaptadas ao clima tropical.
Outro investimento feito pela indústria é para minimizar e reverter os impactos gerados às comunidades próximas às áreas de floresta plantada. Com isso, podem ser realizadas ações de gestão participativa e inclusiva para relacionamento com as comunidades, monitoramento e acompanhamento de partes interessadas, mediação de conflitos, entre outras atividades.
Para contribuir com essas atividades, a Synergia, com quase 20 anos de experiência em ações socioambientais, desenvolve metodologias participativas para que a indústria de papel e celulose, de infraestrutura, entre outros setores, possam atuar em conjunto com as comunidades locais, promovendo Soluções Baseadas nas Pessoas (SBP).
Para saber mais sobre as Soluções Baseadas nas Pessoas, acesso o Guia Synergia de Restauração Florestal.
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