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Mais de 8 milhões de pessoas deixam a linha de pobreza e Brasil registra menor índice de pobreza

Publicado em: 14/12/2024

O Brasil alcançou o menor índice de pobreza desde o início da série histórica da Síntese de Indicadores Sociais (SIS), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), mostrando o avanço nas ações de combate à pobreza. 

Os dados, divulgados em dezembro de 2024, apontam que mais de 8 milhões de pessoas deixaram a linha da pobreza, enquanto outras 3,1 milhões de pessoas saíram da extrema pobreza, entre os anos de 2022 e 2023.

Brasil reduz índice de pobreza e extrema pobreza. Pessoas andando em rua comercial movimentada. Foto: Adobe Stock
Mais de 8 milhões de pessoas deixam a linha da pobreza, no Brasil. Foto: Adobe Stock

Em proporções, o Brasil registrou 27,4% da população em situação e pobreza e 4,4% em situação de extrema pobreza. Antes disso, o menor número registrado foi em 2014, com 30,8% e 5,2%, respectivamente. 

Mas como saber o que é situação de pobreza e de extrema pobreza? 

O índice de pobreza e extrema pobreza é determinado pelo Banco Mundial, que é definido da seguinte forma: 

  • Pessoas em situação de pobreza: quem possui uma renda de, aproximadamente, R$ 665, por mês. 
  • Pessoas em extrema pobreza: quem possui uma renda de R$ 209, aproximadamente. 

Para reduzir, cada vez mais, o índice de pobreza, com base nos parâmetros do Banco Mundial, o Brasil tem investido em programas sociais, que resultaram em uma redução da pobreza desde 2021. 

Programas sociais impulsionam a redução do índice de pobreza e extrema pobreza 

O IBGE aponta que entre os fatores para redução do índice de pobreza e extrema pobreza estão o aumento da cobertura dos benefícios sociais, como Bolsa Família, Benefício de Prestação Continuada (BPC), Auxílio Emergencial, entre outros, e a melhora no mercado de trabalho. 

A Síntese, realizada pelo IBGE, aponta que mais de 100 milhões de pessoas estão ocupadas, chegando ao nível de 57,6% da população. Desse total, 67,9% são homens e 47,9% são mulheres. 

Quanto aos benefícios sociais, o relatório aponta que, em 2023, aproximadamente, 51% das pessoas que vivem em áreas rurais, vivem em domicílios beneficiados por programas sociais. Já em áreas urbanas, essa proporção é de 24,5%. 

Celular com imagem do bolsa família. Foto: Adobe Stock
Benefícios sociais impulsionam famílias brasileiras. Foto: Adobe Stock

Ainda é possível notar que os benefícios sociais possuem um maior impacto na vida das pessoas mais jovens, aquelas com idade entre 0 e 14 anos. Mais de 40% das crianças entre 0 e 14 anos vivem em residências com benefícios sociais. Já no caso das pessoas com 60 anos ou mais, essa proporção cai para 14% 

Com base nos dados apresentados, a Síntese destaca que caso não existissem programas sociais, a proporção de pessoas em situação de pobreza aumentaria para 32,4% da população, e em caso de extrema pobreza o aumento iria para 11,2%. 

Redução da pobreza não reduz as desigualdades sociais 

Mesmo com a queda no índice de pobreza e pobreza extrema, ainda é possível notar como a desigualdade social afeta os grupos minoritários. 

Entre as mais de 10 milhões de pessoas jovens de 15 a 29 anos que não estudam e não trabalham, 45% são mulheres pretas e pardas e 23% são homens pretos e pardos. No caso da população branca, as mulheres representam 18% e os homens 11%. 

Prédio de luxo divide espaço com região periférica em São Paulo. Foto: Adobe Stock
Desigualdade social ainda é destaque no Brasil. Foto: Adobe Stock

O rendimento-hora das pessoas trabalhadoras também tem destacado a desigualdade. Os trabalhadores e trabalhadoras brancos possuem um rendimento-hora 67% maior do que das pessoas negras. 

Por esse motivo, o desenvolvimento de benefícios sociais, políticas públicas e ações de diversidade e inclusão são, cada vez mais, necessárias para conter e reduzir a desigualdade social, além do índice de pobreza e extrema pobreza. 

1 – Erradicação da pobreza
10 – Redução das desigualdades

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