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O que a ecoansiedade nos mostra sobre a crise climática

Publicado em: 27/09/2024

A ecoansiedade vem se tornando um dos reflexos mais evidentes da situação climática atual, que é um dos tópicos mais debatidos do nosso tempo. Em 2024, o Brasil presenciou eventos extremos, como os fortes temporais no Rio Grande do Sul e as devastadoras queimadas no Pantanal e na Amazônia.

Essas catástrofes têm gerado não apenas impactos ambientais, mas também sérios problemas psicológicos, como ansiedade e depressão e, em casos mais severos, o suicídio. Assim, a ecoansiedade emerge como um sintoma alarmante dessa crise, evidenciando a conexão entre saúde mental e as mudanças climáticas.

Na imagem, uma vegetação aparece em chamas, cercada por densas nuvens de fumaça
A ecoansiedade afeta vítimas diretas de desastres naturais e pessoas que as observam a distância – Foto: Adobe Stock

A ecoansiedade, ou ansiedade ambiental, é a preocupação intensa e o medo em relação ao futuro do meio ambiente. Esse estado emocional pode afetar tanto as pessoas que vivem diretamente as consequências de desastres naturais quanto as que acompanham os acontecimentos a distância.

Embora o termo tenha sido formalmente reconhecido pelo dicionário de Oxford em 2021, sua origem remonta à década de 1990, quando foi utilizado pela primeira vez na literatura norte-americana.

O que as pessoas jovens têm a dizer sobre a ecoansiedade

Um estudo publicado pelo The Lancet, em 2021, ouviu 10 mil jovens de diferentes países do mundo, incluindo o Brasil, e revelou que 59% estavam extremamente preocupados/as com as mudanças climáticas, enquanto 84% relataram preocupações moderadas. Os sentimentos negativos se intensificaram à medida que essas pessoas perceberam que as autoridades estavam fazendo pouco ou nada para enfrentar a crise climática.

Esses dados reforçam a urgência de uma resposta coletiva à emergência ambiental, que também considere a saúde mental da população.

As pessoas que residem em áreas mais vulneráveis e menos favorecidas sofrem com a ecoansiedade de maneira mais intensa. A falta de infraestrutura e recursos as torna mais suscetíveis a desastres ambientais, evidenciando a ligação entre vulnerabilidade social e saúde mental. Esse fenômeno nos leva a refletir sobre os privilégios existentes na sociedade e como eles impactam a capacidade de lidar com as adversidades climáticas.

E as projeções para os próximos anos não são animadoras. Segundo uma pesquisa publicada na revista Nature Climate Change em 2018, o aumento das temperaturas poderá resultar em mais de 20 mil suicídios nos Estados Unidos e no México nos próximos 30 anos. Isso demonstra a necessidade de um enfoque que considere tanto os aspectos ambientais da crise climática quanto suas consequências para a saúde mental.

Crianças atravessam uma viga de concreto, com uma paisagem verdejante ao fundo
Pessoas em áreas vulneráveis tendem a ser mais suscetíveis a ecoansiedade – Foto: Adobe Stock

Diante desse cenário, é crucial implementar iniciativas que ofereçam apoio psicológico às pessoas afetadas pela ecoansiedade. A conscientização sobre questões climáticas, juntamente com políticas públicas eficazes de mitigação e adaptação, pode aliviar essa pressão psicológica e gerar um sentimento de esperança em um futuro mais sustentável.

A Synergia é uma empresa que reconhece a importância da saúde mental como um pilar fundamental para o desenvolvimento humano. Durante a pandemia de Covid-19, a empresa promoveu acompanhamento emocional para seus colaboradores e colaboradoras, ajudando a lidar com as angústias relacionadas ao mundo e ao trabalho.

Essa abordagem demonstra o compromisso da Synergia em apoiar não apenas a saúde mental de seus funcionários, mas também a construção de uma sociedade mais resiliente e consciente das relações entre meio ambiente e bem-estar psicológico.

3 – Saúde e bem-estar
13 – Ação contra a mudança global do clima

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