Diálogos Amazônicos: evento trouxe debates sobre a criação de políticas e estratégias para a região amazônica

O evento “Diálogos Amazônicos” – realizado entre os dias 4 e 6 de agosto, em Belém (PA) – reuniu especialistas, representantes de entidades, movimentos sociais, pesquisadores/as e agências governamentais do Brasil e demais países amazônicos para discutir soluções para o futuro do território.

O objetivo principal do encontro foi o debate da criação de políticas e estratégias para o desenvolvimento sustentável da região amazônica. A partir desses debates, serão formulados os relatórios e propostas entregues para os/as chefes de Estado e representantes dos 15 países participantes da Cúpula da Amazônia – que ocorre entre os dias 8 e 9 de agosto, também em Belém.

Financiamento externo, segurança alimentar no território e o combate ao crime organizado e ao desmatamento ilegal foram alguns dos temas abordados, além das pautas focadas em públicos específicos – como a discussão da situação de jovens, mulheres e pessoas negras na região amazônica.

Como parte da programação, cinco debates receberam destaque ao longo do evento:

• “Participação e a proteção dos territórios, dos ativistas, da sociedade civil e dos povos das florestas e das águas no desenvolvimento sustentável da Amazônia. Erradicação do trabalho escravo no território”;
• “Saúde, soberania e segurança alimentar e nutricional na região amazônica: ações emergenciais e políticas estruturantes”;
• “Como pensar a Amazônia para o futuro a partir da ciência, tecnologia, inovação e pesquisa acadêmica, e transição energética”;
• “Mudança do clima, agroecologia e as sociobioeconomias da Amazônia: manejo sustentável e os novos modelos de produção para o desenvolvimento regional”;
• “Os povos indígenas das Amazônias: um novo projeto inclusivo para a região”.

Um dos momentos mais importantes do evento foi o lançamento da carta coletiva com demandas para os/as chefes de Estado, realizado pelos movimentos populares dos países da pan-Amazônia. A carta, que contém 29 reivindicações, destaca a necessidade de titulação das terras indígenas e quilombolas e a urgência de ações para se evitar o “ponto de não retorno” na Amazônia – apontado por especialistas como o momento em que já não será possível recuperar o bioma.

Os eventos “Diálogos Amazônicos” e Cúpula da Amazônia fazem parte da agenda de desenvolvimento regional sustentável que tem sido pensada também para incentivar as ações de regeneração e o uso de soluções baseadas na natureza para preservar o território e evitar as causas e efeitos das mudanças climáticas no mundo.

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