Publicado em: 20/02/2023
No Dia Mundial da Justiça Social, 20 de fevereiro, a Organização das Nações Unidas (ONU) busca reforçar o combate às desigualdades e a promoção de direitos da população.
Dentre os principais fatores de desigualdade social estão a má distribuição de renda, acesso à educação deficitária e falta de garantia de serviços básicos, que são agravados por questões raciais, de gênero e religião.
No país, 29,4% da população vive abaixo da linha da pobreza e, desse total, 37,7% são de pessoas autodeclaradas pretas e pardas, conforme dados do Instituto de Geografia e Estatística (IBGE). A fim de combater essa desigualdade a nível mundial, a ONU apontou em 2022, que o acesso ao trabalho formal é o caminho para redução da pobreza e das desigualdades.
As populações mais pobres, impactadas também pela pandemia, aderem ao trabalho informal devido à falta de renda e de acesso às oportunidades. Mas este tipo de trabalho, embora seja uma alternativa à pobreza, gera insegurança profissional, uma vez que não existem proteções ou benefícios que assegurem suas rendas.
No Brasil, as regiões Norte e Nordeste são as que mais sofrem com a informalidade e insegurança profissional, de acordo com pesquisa da FGV Ibre. Além disso, são as mais sensibilizadas com a fome e a pobreza.
Durante a participação na 27ª Conferência das Partes sobre Mudanças Climáticas (COP27), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva declarou a importância do acesso ao trabalho para se combater o desmatamento e o aquecimento global, que são indissociáveis no enfrentamento da fome e da pobreza. E com a restauração das florestas e a valorização da biodiversidade local seria possível gerar mais empregos e renda para a população.
Ana Toni, diretora-executiva do Instituto Clima e Sociedade (iCS), aponta essa relação entre o aquecimento global e a desigualdade social, em que a população mais vulnerável é a mais impactada com as mudanças climáticas, seja com enchentes, deslizamentos, altas dos preços e escassez de produtos e até mesmo na agricultura familiar.
O sistema de reparação tem o poder de colaborar para a redução das desigualdades e da promoção de direitos para toda população. Exemplo disso é a Lei de Cotas, que permite o acesso à educação superior de qualidade, como forma de reparar e minimizar a desigualdade, proporcionando um equilíbrio econômico. Entre os anos de 2013 e 2019, houve um aumento de 205% no número de estudantes pretos, pardos, indígenas e de baixa renda em universidades brasileiras.
Assim como a Lei de Cotas, ações afirmativas têm o papel de reparar as desigualdades sociais, seja por meio de bolsas, auxílios financeiros e leis para inclusão de grupos minorizados.
A participação de grupos minorizados em diferentes espaços, como empresas e universidades, é fundamental para se debater ideias e ações para o alcance da justiça social e da diversidade. E, para além da participação nas empresas, as corporações têm o papel de agir com responsabilidade social nos territórios e comunidades locais em que estão inseridas, contribuindo para o desenvolvimento social.
Compreendendo os processos necessários para alcançar a justiça social, a Synergia aderiu ao Pacto Global da ONU e ingressou no Programa de Ambição dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 da ONU, que tem como meta a promoção da justiça social e a redução das desigualdades.
Entre os compromissos assumidos com base nos ODS, estão:
Além disso, a Synergia incluiu em seu plano de ação os ODS relacionados à Erradicação da pobreza (ODS 1), Educação de qualidade (ODS 4), Trabalho decente e crescimento econômico (ODS 8); Redução da desigualdade (ODS 10) e Paz, justiça e instituições eficazes (ODS 16).
Cadastre-se e receba nossas novidades.