Publicado em: 28/04/2022
Um estudo inédito revelou mais uma das possíveis consequências do aumento do desmatamento na Amazônia: a maior incidência de casos de anemia em crianças da região, principalmente das comunidades mais vulneráveis.
A pesquisa, publicada na revista Scientific Reports, é resultado da parceria entre a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), a Universidade de São Paulo (USP), a Universidade do Pará e a Universidade britânica de Lancaster.
O avanço do desmatamento na Amazônia, de acordo com os resultados do estudo, tem impactado diretamente no consumo da carne de animais selvagens, um dos principais componentes da alimentação das comunidades rurais, indígenas e ribeirinhas da região.
Para as crianças de 6 meses a 5 anos de idade, grupo analisado pela pesquisa, as consequências da redução de oferta de carne selvagem em decorrência do desmatamento têm sido graves tanto para o desenvolvimento quanto para a saúde, gerando o aumento dos casos de anemia.
Quando comparados aos números nacionais, que apontam para um caso de anemia a cada dez crianças, a Amazônia rural apresenta uma média muito maior: seis crianças a cada dez apresentaram a deficiência de ferro e baixa quantidade de hemoglobina no sangue. Déficit no desenvolvimento físico e cognitivo são apontados como as principais implicações da anemia e da insegurança alimentar, segundo os/as especialistas.
O desequilíbrio causado na região, segundo a pesquisa, aponta não somente mais uma das consequências do desmatamento, mas um paradoxo entre o fato de a área estar sendo desmatada principalmente para a abertura de pastos para a produção de carne bovina – raramente consumida pelas comunidades impactadas, que têm na carne de caça a principal fonte alimentar.
Selecionamos os principais veículo que divulgaram o tema. Confira!
Como desmatamento pode aumentar anemia em crianças na Amazônia
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Estudo revela conexão entre desmatamento e anemia em crianças amazônicas
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