Publicado em: 15/10/2023
O consumo consciente e sustentável se tornou uma preocupação da população brasileira diante das mudanças climáticas e dos seus impactos, isso é o que mostra a pesquisa Retratos da Sociedade: hábitos sustentáveis e consumo consciente, feita pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).
De acordo com a pesquisa, 50% das pessoas participantes disseram verificar se o produto que consumem é produzido de forma ambientalmente sustentável, desse total 26% conferem na maioria das vezes e 24% conferem sempre. Esse resultado mostra que parte dos brasileiros e brasileiras estão preocupados/as com os efeitos da produção desenfreada no meio ambiente.
A pesquisa também mostra que as pessoas acima de 41 anos são as que consomem de forma mais consciente e sustentável, ultrapassando os 50%. Além disso, quem recebe acima de cinco salários-mínimos está mais disposto/a a gastar com produtos mais sustentáveis, como alimentos orgânicos.
Na hora de comprar, a população brasileira ainda leva em consideração fatores como economia circular, impacto ambiental e responsabilidade social, de acordo com um levantamento feito pela Ecglobal, empresa de soluções de pesquisa no mercado digital da América Latina.
Os dados da Ecglobal apontam que as pessoas preferem consumir produtos que tenham o menor impacto ambiental possível, com embalagens recicláveis e sem adição de produtos químicos. Além disso, as pessoas entrevistadas acreditam no potencial do consumo sustentável para reduzir os impactos climáticos causados por ações humanas.
Além de consumir de forma mais consciente, a população brasileira tem se preocupado com as melhores práticas no momento de separar e descartar o lixo produzido. Conforme o levantamento da CNI, 69% das pessoas entrevistadas têm o hábito de separar o lixo para a reciclagem.
Entre os produtos mais reciclados estão:
Mas, mesmo com uma grande parcela da população que já separa e recicla o lixo, 32% das pessoas que responderam à pesquisa da CNI, informaram que sentem dificuldade de reciclar devido à falta de costume ou esquecimento na hora de separar. Vale destacar que 8% das pessoas sentem dificuldade por conta da falta de informação ou, até mesmo, falta de coleta seletiva em suas regiões.
Uma pesquisa da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe) mostrou que uma em cada quatro cidades do Brasil não tem coleta seletiva, o que impulsiona o descarte incorreto.
Para aumentar os números da reciclagem, foi implantado, em 2022, o Plano Nacional dos Resíduos Sólidos (Planares) que, por meio de metas, tem o objetivo de aumentar a taxa de reciclagem para 48% em 2040.
Além disso, existem iniciativas recentes que buscam fortalecer as associações e cooperativas de catadores e catadoras, para melhorar as condições de trabalho dessas pessoas, como o Programa Diogo de Sant’Ana: Pró-catadoras e Pró-catadores para Reciclagem Popular.
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