Publicado em: 15/04/2023
A conservação do solo impacta positivamente na erradicação da fome, na diminuição da poluição e fortalece as comunidades frente às doenças e desastres. Para que isso aconteça, a Organização Earth Day aponta que são necessários investimentos para salvar o planeta e seus recursos.
Por isso, para o Dia da Terra de 2023, celebrado em 22 de abril, a organização anunciou o tema “Invista em nosso planeta”, com o objetivo de engajar pessoas, governos e instituições a adotarem iniciativas para reparar a saúde do planeta.
A ONU estima que a cada dólar investido na reparação de terras degradadas, é possível gerar US$30 em benefícios econômicos. Ou seja, regenerar as florestas e melhorar os solos permite retornos na forma de disponibilidade de alimentos e oferta de água em ambientes estáveis. Isso mostra que o investimento em um recurso natural pode impactar positivamente em outro.
O relatório Global Land Outlook 2, elaborado pela Convenção das Nações Unidas para o Combate à Desertificação (UNCCD), de 2022, apontou que 40% do solo do planeta está degradado, o que ameaça quase metade do PIB global. Isso significa que a utilização desenfreada e desvalorizada dos recursos naturais finitos coloca em risco cerca de US$ 44 trilhões do PIB mundial.
A publicação destacou alguns cenários e projeções até 2050. Entre eles, o de restauração de 5 bilhões de hectares, que visa também medidas para proteção da biodiversidade, a regulação da água, entre outras.
No cenário de restauração, o relatório projeta um aumento entre 5% e 10% nos rendimentos das colheitas. Além da melhoria na qualidade do solo, o aumento em 4% da retenção de água no solo, em terras irrigadas por chuvas.
A projeção também aponta uma desaceleração na diminuição da biodiversidade e o aumento em 17 gigatoneladas líquidas do estoque de carbono entre os anos de 2015 e 2050, o que auxilia no combate aos gases do efeito estufa e no armazenamento de água no solo, conferindo mais saúde para a terra.
Tais ações de reparação têm o objetivo de contribuir para a conservação do solo e do planeta como um todo, contra os impactos climáticos e os riscos crescentes de desastres. Ao investir na reparação dos danos e na regeneração de recursos, a sociedade civil, os governos e instituições podem minimizar e, até mesmo, evitar crises globais.
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