Publicado em: 22/05/2024
Primeiramente, é importante saber qual a diferença entre preservação e conservação ambiental. Enquanto preservação significa manter determinada área intocável, a conservação refere-se ao uso sustentável do meio ambiente.
A conservação ambiental tem como papel principal manter os elementos da natureza em boas condições, inclusive os elementos da biodiversidade. O Brasil, país de dimensão continental com 8,5 milhões km² de território emerso, possui uma biodiversidade proporcional ao seu tamanho.
O Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima afirma que todos esses ecossistemas possuem mais de 116.000 espécies animais e 46.000 espécies vegetais conhecidas. Como resultado, a biodiversidade brasileira é responsável por 20% do total de espécies terrestres e aquáticas do mundo.
No Brasil, há seis biomas e um sistema costeiro-marinho, que conservam essa biodiversidade. São eles:
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Sistema Costeiro-Marinho interage com os demais biomas brasileiros. Inclusive, 42% do sistema se encontra no bioma Amazônia, 25% no Pampa e a Mata Atlântica abriga 20%.
Infelizmente, todos os biomas brasileiros estão com sua biodiversidade ameaçada, sobretudo devido às ações danosas da sociedade. No entanto, é necessário estarmos atentos/as às causas da perda da biodiversidade brasileira e atuarmos intensamente na conservação ambiental.
O relatório global de avaliação da biodiversidade e dos serviços ecossistêmicos, publicado em 2019, pela Plataforma Intergovernamental de Políticas Científicas sobre Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos da UNESCO, menciona os principais fatores globais que causam a perda da biodiversidade, como a mudança climática, espécies invasoras, superexploração de recursos naturais, poluição e urbanização.
De acordo com o Relatório Anual de Desmatamento no Brasil (RAD), desenvolvido pelo MapBiomas, em 2021 o Brasil perdeu 16.557 km2 de vegetação nativa em todos seus biomas. Isso equivale a um aumento de 20% em relação a 2020. A figura abaixo indica o índice de degradação em cada bioma.
Os cuidados para a conservação ambiental no Brasil e no mundo devem partir de toda sociedade. Simples ações podem parecer óbvias, mas fazem muita diferença. Primeiramente, é necessário repensarmos nossos hábitos e melhorá-los para ajudar o planeta, não poluindo ruas, matas, rios e praias.
Além disso, muitas plantas e animais correm risco de extinção; todos eles possuem importância para o ambiente. Desse modo, quando pertinente, é importante denunciar casos de tráfico de animais e plantas silvestres.
Além disso, é importante apoiar campanhas que ajudam o reflorestamento e restauração de áreas degradadas. Outras alternativas para auxiliar a conservação ambiental são a reciclagem e reutilização de materiais que seriam descartados no lixo, além da diminuição no consumo de água e energia elétrica.
Muitas tragédias ambientais que são frutos das ações humanas têm relação direta com as mudanças climáticas. Por isso, o Governo Federal instituiu, em 2016, o Plano Nacional de Adaptação à Mudança do Clima (PNA), com o objetivo de reduzir a vulnerabilidade nacional frente às mudanças climáticas, realizando uma gestão de risco associada a esse fenômeno.
Ao todo, 11 setores e temas foram adotados pelo PNA: agricultura, biodiversidade e ecossistemas, cidades, desastres naturais, indústria e mineração, infraestrutura, povos e populações vulneráveis, recursos hídricos, saúde, segurança alimentar e nutricional e zonas costeiras.
Conheça mais sobre o PNA clicando aqui, e como a restauração da Caatinga é fundamental para proteção da biodiversidade.
Os créditos de carbono são gerados quando uma tonelada de dióxido de carbono (CO2) deixa de ser emitida ou é sequestrada da atmosfera. A diminuição da emissão de outros gases do efeito estufa, como metano e óxido nitroso, também compõe créditos de carbono.
Em complemento, é uma outra forma muito útil para atenuar as mudanças climáticas, já que projetos de captura de carbono contribuem com a conservação ambiental e a restaurar ecossistemas degradados. Assim, ajudam a mitigar os impactos causados à biodiversidade.
Alguns exemplos de ações para gerar de créditos de carbono são:
Logo, atividades como essas mencionadas trazem benefícios como a promoção do desenvolvimento sustentável, beneficiando comunidades e economias locais, conservação da biodiversidade em prol da proteção e restauração de habitats, e mitigação das mudanças climáticas, que é uma das principais problemáticas para a biodiversidade, como já mencionado anteriormente.
Contudo, são necessários bons planejamentos aliados a grandes investimentos para criação e monitoramento desses projetos para obter resultados exitosos. Afinal, 75% dos ecossistemas terrestres já foram degradados. E caso o clima continue comprometido e biodiversidade ameaçada, nenhum ser vivo manterá suas relações e todos seremos incapazes de sobreviver.
Fique por dentro das principais iniciativas que estão em ação para conservar a biodiversidade.
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