Publicado em: 22/05/2023
A biodiversidade brasileira é a maior do mundo, com mais de 115 mil espécies de animais e mais de 46 mil espécies de vegetais, que coexistem em seis biomas: Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica, Pampa e Pantanal.
Entretanto, mais de 3 mil espécies de animais e plantas estão ameaçadas de extinção, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE). O levantamento conta com dados de 2014, ou seja, os dados não consideram os últimos anos de queimadas e desmatamento e, por isso, os números podem ser ainda mais alarmantes.
A Mata Atlântica é o bioma com maior número de espécies ameaçadas, contabilizando 25%, seguido pelo Cerrado com 19,7% das espécies ameaçadas, a Caatinga com 18,2% e o Pampa com 14,5%.
Já a Amazônia e o Pantanal têm os menores percentuais de espécies consideradas ameaçadas, 4,7% e 3,8%, respectivamente.
Afim de promover a preservação da biodiversidade brasileira, iniciativas do Governo Federal e de associações buscam promover a reparação e regeneração dos biomas, como o Instituto Mamirauá – que atua na Amazônia por meio de pesquisas, ações de desenvolvimento social e manejo de recursos naturais, com o objetivo de conservar e contribuir com o uso sustentável da biodiversidade.
A Caatinga, que sofre com a ameaça da desertificação, conta com o Projeto Caatinga, que visa a criação de Unidades de Conservação no único bioma exclusivamente brasileiro. O projeto amplia a proteção da Caatinga.
Já o Programa Cerrado Sustentável promove a recuperação e restauração do Cerrado. A iniciativa tem o objetivo de reparar os danos pelo desmatamento, pecuária, monocultura, entre outras causas que geram o esgotamento de recursos locais.
A Mata Atlântica já perdeu grande parte de sua área original, por isso, o Instituto SOS Mata Atlântica atua para proteger e recuperar as espécies locais, por meio de projetos de reflorestamento.
Outro bioma que possuí projeto de reparação é o Pampa, o RestauraPampa beneficia famílias de pequenos e médios pecuaristas da Área de Proteção Ambiental (APA), para que os campos sejam restaurados.
E para proteger a fauna e a floral pantaneira, o Instituto SOS Pantanal promove a restauração socioambiental do bioma nas áreas degradadas pelo desmatamento e pelas queimadas.
Durante a COP15 – Conferência das Partes sobre Biodiversidade, que aconteceu em dezembro de 2022, mais de 190 países firmaram um acordo para conter a degradação da biodiversidade e dos recursos naturais, o Marco Global da Biodiversidade. O acordo propõe metas que englobam a restauração de ecossistemas e a aplicação de Soluções baseadas na Natureza (SbN).
Para a próxima COP, que acontecerá em 2024, os países apresentarão propostas de integração entre os setores da indústria para reparar a biodiversidade mundial e definirão estratégias para colocar o acordo em prática.
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