Parceria com o Instituto Vakinha: planejamento estratégico para a Maior Campanha Solidária do Rio Grande do Sul

Em 2024, o Rio Grande do Sul enfrentou o maior desastre natural de sua história. Um volume intenso de chuvas afetou 471 cidades, impactando mais de 2 milhões de pessoas – cerca de 90% do território. O saldo foi devastador: 170 mortes, 600 mil pessoas desabrigadas, além de infraestruturas críticas severamente danificadas.

Em resposta a esta calamidade, nasceu “A Maior Campanha Solidária da História do Rio Grande do Sul”. Liderada pelo Instituto Vakinha, em colaboração com Badin Colono e Pretinho Básico, a iniciativa “Movimento SOS Enchentes RS” arrecadou aproximadamente R$ 79 milhões.

Diante da magnitude dos recursos arrecadados, o Instituto Vakinha reconheceu a necessidade de um planejamento estratégico para a distribuição eficiente dos fundos. Após uma busca criteriosa por uma consultoria especializada, o instituto selecionou a Synergia para desenvolver um plano de distribuição das doações. Reconhecendo a magnitude do projeto, sua urgência e a premente necessidade da sociedade, a Synergia assumiu o projeto por meio de uma parceria institucional pro bono. Nosso objetivo foi maximizar o impacto das doações e garantir uma prestação de contas transparente, respondendo de forma ágil e eficaz às demandas críticas do momento.

O plano de repasses foi elaborado com base em uma análise minuciosa das necessidades imediatas e de longo prazo das áreas afetadas. Priorizamos os seguintes eixos de atuação:

• Educação
• Saúde
• Assistência Social
• Reconstrução Econômica
• Acessibilidade
• Habitação
• Saneamento
• Fauna
• Emergencial

Após os primeiros encontros, foram definidas e validadas com o Instituto Vakinha as premissas fundamentais do Plano. Seria necessário promover a distribuição dos recursos doados de maneira adaptada às realidades locais, por isso decidiu-se priorizar os territórios e populações mais vulneráveis e atender tanto às necessidades emergenciais quanto as de recuperação estrutural, fortalecendo a resiliência das populações e territórios a longo prazo. Além disso, foi considerado como premissa a uma seleção criteriosa de organizações para receber os recursos, com objetivo de assegurar bom uso de recursos e transparência na prestação de contas aos doadores.

Foram estabelecidos critérios de elegibilidade para as organizações solicitarem recursos, de acordo com sua natureza e a priorização de projetos foi pensada para otimizar recursos e alinhar os esforços com os objetivos estratégicos definidos. Para isso, a priorização foi estruturada em três dimensões:

1. Instituições: Avaliadas por capacidades de trabalho (tamanho de equipe/voluntários), contrapartidas oferecidas, lugar de origem, situação cadastral e apresentação de certidões negativas.
2. Projetos: Mensurados pela quantidade e tipo de beneficiários, complexidade da ação proposta, e recurso per capita.
3. Territórios: Analisados pelo IDHM de cada município, nível de impacto pelas enchentes, situação geral de acessibilidade após a enchente.

Este projeto demonstra o poder da colaboração em transformar realidades e promover um futuro mais justo e sustentável. A transparência e a responsabilidade foram os pilares de nossa atuação, visando fortalecer a resiliência das populações e territórios a longo prazo.