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Medir, monitorizar e manejar: a importância do cuidado com o solo

Publicado em: 05/12/2024

O cuidado com o solo tem ganhado cada vez mais destaque nas manchetes de noticiários, refletindo sua importância crescente para a sustentabilidade do planeta.

Criado em 2013 pela FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura), o Dia Mundial do Solo tem como principal objetivo conscientizar e alertar a população sobre a relevância do solo para a manutenção da vida.

São múltiplos os papéis desempenhados pelo solo: filtração da água, regulagem do clima e armazenamento de carbono, fatores imprescindíveis para a sobrevivência dos seres vivos na Terra.

Na imagem, uma pessoa está ajoelhada, segurando com uma mão um pedaço de terra e, com a outra, um recipiente de medição contendo uma amostra do solo
95% dos alimentos consumidos pela humanidade são produzidos a partir dos solos – Foto: Adobe Stock

Além disso, é a base de nossa alimentação e essencial para a segurança alimentar global. De acordo com a FAO, estima-se que 95% dos alimentos consumidos pela humanidade sejam produzidos, direta ou indiretamente, a partir dos solos.

O solo também é a fundação de sistemas essenciais como a agricultura, a pecuária e outros setores que abastecem a sociedade, o que reforça sua importância vital.

Contudo, apesar de ser um recurso fundamental, o solo não é renovável. Isso torna seu cuidado ainda mais crucial. Em vista disso, o tema proposto pela ONU para este ano é focado em práticas que promovem o cuidado com o solo.

Sob o título “Medir, Monitorizar e Manejar”, a entidade destaca a importância de identificar, avaliar e agir de maneira eficaz para a preservação desse recurso.

  • Medir o solo refere-se ao processo de avaliar suas condições, como composição, umidade, pH e fertilidade. Esse monitoramento ajuda a identificar potenciais problemas e riscos.
  • Monitorizar o solo envolve o acompanhamento contínuo da saúde do solo, permitindo que problemas sejam detectados e corrigidos a tempo.
  • Manejar o solo diz respeito ao conjunto de práticas e técnicas utilizadas para garantir que o solo permaneça produtivo e sustentável, aplicando as informações obtidas nas etapas anteriores para otimizar o uso e preservar suas qualidades.

A conscientização e a implementação dessas práticas são essenciais para garantir a saúde do solo, assegurando a continuidade dos recursos naturais que sustentam a vida no planeta.

Desafios no cuidado com o solo

A degradação do solo, que consiste na redução ou perda total da produtividade química, biológica e terra econômica, ocorre devido a alterações climáticas causadas por fatores naturais ou por fatores antrópicos. Os principais são: compactação, erosão, salinização, lixiviação e acidificação

A imagem mostra uma vegetação, marcada por árvores de troncos finos e alongados
33% dos solos do mundo estão degradados por atividades como desmatamento, agricultura intensiva e poluição – Foto: Adobe Stock

A degradação não afeta apenas a sua produtividade, mas compromete a nossa capacidade de produzir alimentos, ameaça a biodiversidade e intensifica as mudanças climáticas. Isso pode levar a crises alimentares, escassez de água e migrações forçadas, impactando grande parte da população.

Segundo a FAO, 33% dos solos do mundo estão degradados por atividades como desmatamento, agricultura intensiva e poluição, afetando a vida de 3,2 bilhões de pessoas em todo o mundo.

Para combatê-la e promover cuidado com o solo, é necessário adotar práticas de manejo sustentável. Uma das soluções envolve os sistemas agroflorestais (SAFs), que combinam o plantio de diferentes espécies de vegetais com fins agrícolas e a presença de arbustos para conservar o meio ambiente.

Essas ações devem focar na preservação da biodiversidade do solo, na melhoraria de sua fertilidade e no aumento do sequestro de carbono, contribuindo assim para a saúde ambiental e o equilíbrio climático.

Além disso, é fundamental que os governos implementem políticas públicas que impulsionem e determinem essas ações, bem como programas de comunicação que disseminem informações e envolvam a população como agentes transformadores, garantindo a sobrevivência da nossa e das próximas gerações.

2 – Fome zero e agricultura sustentável
15 – Vida terrestre

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