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O documentário “A Floresta que Você Não Vê – Narrativas do Médio Xingu”, que mostra a geração de renda na Amazônia, completa um ano de lançamento

Publicado em: 05/09/2024

O documentário “A floresta que você não vê – Narrativas do Médio Xingu”, que aborda a geração de renda na Amazônia, completa um ano de lançamento, com exibição em uma das mostras sul-americanas mais importantes para produções audiovisuais ligadas às temáticas socioambientais, a 13ª Edição da Mostra Ecofalante. Além disso, o filme inspirou a criação de um material didático para uso em grupos de discussão, comunidades, escolas e instituições.

Com direção de Andy Costa e produção da Synergia Socioambiental e Dot Films, a obra é inspirada no Projeto Redes do Médio Xingu e conta a história de famílias da Estação Ecológica Terra do Meio, que precisam existir em meio a desafios variados e diários, entre preservar a floresta, produzir de maneira sustentável, a fim de conservar aquele habitat para gerações futuras, enquanto lidam com o avanço desenfreado da monocultura, garimpo, pecuária e extração de madeira.

Na imagem, um grupo de moradores da região do Médio Xingu interage entre si, enquanto um homem manuseia uma câmera de vídeo
A obra é inspirada no Projeto Redes do Médio Xingu e narra a história de famílias da Estação Ecológica Terra do Meio – Foto: Synergia

Colaborando com a geração de renda

Para que o projeto fosse possível, foi realizada uma capacitação visando criar uma uma estrutura comercial eficiente e adequada para atender à população local. Além disso, o trabalho também forneceu assistência à Associação Agroextrativista Sementes da Floresta (AASFLOR), localizada em Uruará, processo que é narrado no filme.

Para José Santiago, um dos associados, o documentário ajudou a promover a transformação local. “Quando se fala nesse documentário, a gente vê que foi um salto muito alto, que deu a AASFLOR, porque nós tínhamos todo o trabalho, sabíamos fazer os manejos e preparar as comunidades para trabalhar juntos, mas essa história não tinha o conhecimento, no Brasil e para fora. Então, esse documentário trouxe a demonstração do que é a AASFLOR, do que é a biodiversidade, porque é onde a gente se organiza, faz os produtos, trabalha em grupo, coletivo. Então, fortaleceu cada vez mais a AASFLOR, e eu acredito que é um exemplo, e a gente tem muito a agradecer à Synergia, por apoiar a gente.”

Além dessa transformação, Santiago considera que a obra também contribuiu para a difusão da ideia de desenvolvimento e aprimoramento da consciência ambiental no que tange à geração sustentável de renda. “A AASFLOR está dando exemplo para outras organizações, que é possível esse trabalho com a biodiversidade, porque é possível as pessoas terem a renda sustentável, manter as famílias nas propriedades. Então, o que nós temos, o que eu tenho, em nome de todos da AASFLOR, é agradecer à Synergia cada vez mais. Eu acredito que não vai ficar por aí. Que a gente possa, por muito e muito tempo, juntos, mostrar para outras pequenas organizações que é possível manter a biodiversidade, a floresta, manter em harmonia. Então, é muito importante, foi muito importante, e tá sendo esse documentário. Eu acredito que a gente pode ter, repensar outros modelos, porque cada vez mais a gente pode fortalecer a forma de divulgar, de trabalhar. Eu acredito que a gente tem essa capacidade. E eu quero dizer muito obrigado, mesmo de coração, e contando sempre com vocês e a gente pode fortalecer cada vez mais essa cadeia produtiva”, conclui.

Ao abordar tema relevante e contribuir com esse processo de conscientização, no decorrer de 12 meses, a produção recebeu reconhecimento dentro e fora do Brasil, vencendo o Environment Film & ScreenPlay Festival, e alcançando a semifinal na categoria de curtas documentais do Angeles Documentaries, os dois nos Estados Unidos.

Na imagem, um casal heterossexual está sentado, em cadeiras, dentro de uma casa, sendo filmado por uma câmera de vídeo
Além do Brasil, o documentário foi exibido em diversos países, incluindo Estados Unidos, Portugal e Suíça. – Foto: Synergia

Foi também premiado como melhor filme segundo a audiência no São Paulo Film Festival 2023; selecionado para concorrer ao Lisboa Indie Film Festival, em Portugal; ao Outer Banks Environmental Film Festival, nos Estados Unidos; ao Festival du Film Vert, na Suíça; e aos festivais All That Moves International Film Festival 2024 e Festival Internacional de Cinema Blue Star, no Brasil.

Ainda, no Sorocaba Film Festival, o filme foi premiado nas categorias de melhor roteiro de documentário curto, melhor direção de documentário curto, melhor produção de documentário curto e recebeu a menção honrosa para documentário curto.

Além de todo esse destaque no segmento audiovisual, a obra também ganhou material didático de apoio, produzido pelo Núcleo de Educação Socioambiental da Synergia, para disponibilização de forma gratuita, para atividades socioeducativas a partir de temas relacionados ao documentário. Com isso, o objetivo é promover uma abordagem socioeducativa que fomente a aprendizagem e incentive a reflexão, discussão e ações a respeito do meio ambiente e a geração de renda na Amazônia, estimulando a consciência ambiental para que se possa aliar o conhecimento tradicional e o desenvolvimento em prol do meio ambiente.

O filme “A floresta que você não vê – Narrativas do Médio Xingu” já está disponível no Canal do YouTube da Synergia Socioambiental, e você pode assisti-lo no player abaixo:

Mais informações sobre o Projeto Redes do Médio Xingu podem ser obtidas no site http://www.redesdomedioxingu.com.br.

8 – Trabalho decente e crescimento econômico
12 – Consumo e produção sustentáveis

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