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Projeto Redes do Médio Xingu completa dois anos de atuação gerando renda e mantendo a floresta em pé

Publicado em: 11/07/2024

Gerar renda mantendo a floresta em pé é o objetivo do Projeto Redes do Médio Xingu (RMX), o primeiro projeto de responsabilidade socioambiental Synergia, que completa seu segundo ano de atuação na região do Médio Xingu, no Pará.

O projeto possui atuação nas seguintes frentes: apoio à cadeia produtiva do cacau, que impacta positivamente na geração de renda das famílias da Estação Ecológica Terra do Meio (ESEC), e o apoio à Associação Agroextrativista Sementes da Floresta (AASFLOR), localizada em Uruará.

Nesses dois anos de atuação, o projeto vem contribuindo para uma produtividade crescente das lavouras familiares de cacau, produzidos em sistemas agroflorestais, por meio do trabalho de assessoria técnica e extensão rural, fortalecimento da governança e do arranjo produtivo local, além do apoio ao acesso a melhores oportunidades de mercado para amêndoas de cacau cultivadas pelas famílias locais.

Na imagem, aparecem quatro pessoas: uma mulher e três homens, sendo um pesquisador e três residentes da região do Médio Xingu. Todos sorriem para a foto.
O projeto Redes do Médio Xingu contribui para uma produtividade crescente das lavouras familiares de cacau – Foto: Synergia

Além disso, o projeto apoiou o desenvolvimento comercial e estrutural da AASFLOR. A Synergia foi responsável pelo redesenho dos rótulos e embalagens dos produtos, dentro de uma visão estratégica de marca, que revisou e padronizou os materiais – e pela modernização do modelo comercial da Associação, colaborando para a divulgação e conexão com varejistas de outros estados.

Mario Braga Vasconcellos, coordenador do Projeto Redes do Médio Xingu, aponta os avanços do projeto na AASFLOR: “Estamos desenvolvendo um ciclo de capacitações com a AASFLOR, fizemos oficinas para melhorar a qualidade dos sabonetes e diversificar a linha de cosméticos da floresta, com hidratante corporal, além de shampoo e condicionador sólidos”.

Para que essa evolução fosse possível, a Synergia realizou a montagem de um pequeno laboratório com maquinários, que permitiram um grande impacto positivo no processo produtivo da associação.

Com essas ações, Mario ainda destaca os resultados positivos do projeto RMX: “Para as comunidades, o principal resultado tem sido a geração de renda. Oferecemos respostas para a geração de renda na Amazônia, com cadeias produtivas compatíveis com a floresta em pé”.

Os desafios e resultados do Projeto Redes do Médio Xingu

O trabalho realizado no Projeto Redes do Médio Xingu ainda deve gerar frutos para as famílias da ESEC e aos agricultores e agricultoras da AASFLOR. Isso porque os resultados dos trabalhos realizados levam um tempo para acontecer.

Para esse fim, é importante investir em governança; pois, para ter o resultado quantitativo, é preciso fortalecer a ação coletiva e o cooperativismo, o que leva um tempo, de acordo com Mario.

Na imagem, um homem, de regata e bermuda, aparece sentado, segurando caneta e folhas em suas mãos.
o garimpo e a madeira ilegal estão entre os maiores desafios do Projeto – Foto: Synergia

O coordenador do projeto salienta que os resultados só aparecem quando as comunidades engajam com o trabalho coletivo.

Já entre as expectativas, o resultado esperado com a continuação do projeto é materialização do aumento na produção e na renda das famílias ribeirinhas e agricultoras.

Mas quando falamos sobre os desafios, eles também são muitos: o garimpo, a madeira ilegal, a falta de acesso ao crédito e a falta de incentivo estrutural para as cadeias produtivas rodeiam as pessoas que buscam manter a floresta em pé.

Além disso, tem sido preciso promover uma adaptação às mudanças climáticas, já que a estação de seca foi mais longa e afetou as cadeias produtivas. Com isso, foi necessário acelerar o processo de mudança para o sistema agroflorestal e buscar soluções em conjunto.

Representatividade para quem mantém a floresta em pé

Como forma de dar voz a quem mantém a floresta em pé, a Synergia, juntamente com a DOT Films, e com o apoio do ICMBio, desenvolveu o documentárioA floresta que você não vê – Narrativas do Médio Xingu”.

A imagem mostra a capa do documentário, que é a região do Médio Xingu vista de cima. Ela exibe a vegetação da área e o Rio Xingu.
“A floresta que você não vê – Narrativas do Médio Xingu” reforça a identidade cultural amazônica – Foto: Synergia

O filme retrata as histórias de luta e resistência das pessoas que vivem na região do Médio Xingu e enfrentam desafios para gerar renda e manter a Floresta Amazônica em pé.

No último ano, o documentário foi selecionado em festivais nacionais e internacionais, além de ser exibido em mostras de cinema e estar presente na plataforma Ecofalanteplay, que atende a professores, professoras e profissionais da educação.

Disponível na plataforma, o filme promove a visibilidade das comunidades locais, reforçando a identidade cultural amazônica, desperta o senso crítico em relação ao desenvolvimento econômico da região e à distribuição de renda e, principalmente, destaca os impactos positivos de apoiar a bioeconomia na Amazônia.

O documentário também está disponível no canal Synergia, no YouTube, para você assistir. Confira!

8 – Trabalho decente e crescimento econômico
11 – Cidades e comunidades sustentáveis

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