Publicado em: 16/09/2023
Essencial para existência da vida na Terra, a camada de ozônio tem dado esperança de recuperação à cientistas e especialistas, por conta da redução gradativa na utilização de produtos químicos que emitem gases do efeito estufa (GEE).
De acordo com a previsão de especialistas apoiados/as pelas Nações Unidas, caso as políticas globais relacionadas à preservação da camada permaneçam em vigor, estimasse que ela esteja recuperada até 2040 na maior parte do mundo, e até 2066 na Antártica.
O Protocolo de Montreal, em vigor desde 1989, é um dos fatores que ajudaram a diminuir o uso e a produção de clorofluorcarbonos (CFCs) e outros produtos químicos que afetam a camada de ozônio, em até 99%.
Entretanto, a Organização Meteorológica Mundial (OMM) aponta que as mudanças climáticas podem impactar negativamente nos avanços de recuperação da camada de ozônio.
Isso pode acontecer pois, para combater as mudanças do clima, algumas iniciativas envolvem o lançamento de enxofre na estratosfera. Porém, essa ação impacta negativamente na recuperação da camada de proteção do planeta.
A eliminação entre 8 e 16 milhões de toneladas de enxofre na estratosfera ao ano pode reduzir em até um grau Celsius a temperatura da Terra, entretanto essa substância tem a capacidade de enfraquecer a camada de ozônio, que tem sido recuperada durante anos.
Recentemente, o governo brasileiro aderiu à Emenda de Kigali, que aumenta a restrição de produção de gases, como os hidrofluorcarbonos (HFCs), que foram utilizados para substituir os CFCs, e impactam no aquecimento global. Com a adesão, o país tem acesso ao Fundo Multilateral do Protocolo de Montreal, para auxiliar na adaptação da indústria. Além disso, até 2019, o Brasil já tinha reduzido 37% do consumo de hidroclorofluorcarbonos (HCFCs), outro elemento nocivo à camada de proteção da Terra.
A redução no consumo faz parte das metas do Protocolo de Montreal e é resultado de iniciativas do Programa Brasileiro de Eliminação dos HCFCs (PBH). O programa busca auxiliar a adoção de práticas mais sustentáveis por parte das indústrias que utilizam produtos químicos prejudiciais à camada de ozônio, entre eles os setores de espuma e refrigeração.
Além disso, o laboratório brasileiro Criosfera 1 passou a monitorar a camada de ozônio, na Antártica, a partir de sensores que absorvem os raios ultravioletas. A ação teve um investimento de R$ 3,5 milhões e tem o objetivo de auxiliar na sua recuperação.
Assim como a Synergia Socioambiental, que em 2023, produziu seu primeiro inventário de GEE, a fim de estabelecer uma referência para comparativos futuros, destacando seus projetos para redução de emissões.
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