Publicado em: 26/01/2023
O movimento ESG, que levou empresas a incluírem em seus investimentos corporativos valores sociais e ambientais, afetou positivamente a Synergia, consultoria que atua na criação e execução de soluções socioambientais. A empresa alcançou um crescimento relevante nos últimos quatro anos: desde 2019, dobrou o número de clientes e, com isso, aumentou seu faturamento em 131%.
Ainda que tradicionalmente a consultoria atendesse a empresas dos setores de mineração e energia, em projetos visando mitigar impactos ambientais e sociais de seus empreendimentos, o aumento das demandas de projetos socioambientais desses setores, especialmente na otimização dos resultados de seus investimentos sociais, foi o principal fator para seu crescimento.
Outro fator relevante para a escolha dos clientes pela Synergia é que a consultoria é uma empresa B, ou seja, é certificada pelo seu compromisso de melhoria contínua, colocando seu propósito empresarial como pilar estrutural de seu modelo de negócio. Empresas B são companhias que, além de produzir, lucrar e movimentar a economia, entregam benefícios sociais e ambientais, daí o “B” conferido como selo de qualidade a essas iniciativas. Isso direcionou a oferta de seus serviços socioambientais para a adoção de novas metodologias, integradas às exigências da economia de regeneração, que se consolida no país.
Esse modelo econômico emergente propõe a valoração dos recursos sociais e ambientais que não costumam ser precificados, para que o valor do meio-ambiente, das pessoas e das relações entre estes elementos sejam incorporados aos custos dos sistemas produtivos. As emergências climáticas e os compromissos globais têm impulsionado o crescimento dessa economia do futuro e a Synergia Socioambiental se insere nesse contexto.
De acordo com Maria Lins de Albuquerque, CEO da empresa, a Synergia se consolidou como uma consultoria que gera Inteligência durante a execução dos projetos socioambientais que realiza, como reassentamento, participação social, assessoria produtiva, geração de renda, proteção de comunidades tradicionais. “Conseguimos modelar soluções e medir impactos dos investimentos sociais das empresas, gerando indicadores de avaliação e monitoramento desses impactos, e sua valoração, inclusive dentro do mercado de carbono. Podemos dimensionar, por exemplo, o impacto do investimento numa comunidade tradicional na preservação de um ecossistema, indicando como isso reverte na minimização das emissões de carbono”, explica a executiva. Para tanto, a estrutura da empresa conta com uma diretoria de estudos e pesquisas e um Centro de Estudos Socioambientais, e usa ferramentas tecnológicas próprias, como a plataforma SIS – Sistema de Inteligência Socioambiental.
A Synergia também investiu em novos produtos nas áreas de sustentabilidade hídrica e segurança de barragens, visando atender a esse mercado crescente. “Essa é uma marca da Synergia, apesar de ter produtos e metodologias consolidadas, está sempre incorporando inovações que gerem maiores resultados sociais”, afirma Maria.
Preparada para enfrentar os desafios impostos por essa economia do futuro, que em função das emergências climáticas vincula o mercado à temática socioambiental, a perspectiva da empresa é dobrar seu faturamento nos próximos dois anos.
Para apoiar as estratégias de desenvolvimento da empresa, a Synergia conta com um conselho consultivo composto por Ricardo Young, Roberto Waack e Andrea Alvares, especialistas renomados em suas áreas de atuação, cujas contribuições influenciam e apoiam as decisões da empresa.
Acompanhando o olhar do mundo voltado para a Amazônia, a empresa encerrou 2022 à frente de 13 projetos no território, atuando com comunidades indígenas e tradicionais, em áreas sob pressão de desmatamento e de garimpo ilegais, especialmente no Pará. Os projetos na região amazônica já representam cerca de 25% do faturamento da empresa.
A forte presença na Amazônia possibilita também que a empresa, desde 2021, desenvolva projetos próprios para alavancar o desenvolvimento local, como o realizado em parceria com a AASFLOR (Associação Agroextrativista Sementes da Floresta), o de apoio à rede de cantinas da Terra do Meio e o de apoio à comunidade ribeirinha da Estação Ecológica da Terra do Meio, todos na região do Médio Xingu.
A empresa não se limita a atuar no território amazônico, busca também disseminar o conhecimento acumulado sobre ele nesses anos. Lançou em 2021 uma série de sete volumes sobre a região, distribuída a potenciais investidores, gestores públicos e partes interessadas, e divulga trimestralmente seu monitoramento de focos de calor em unidades de conservação e terras indígenas, ambos gratuitamente.
O crescimento da empresa nos últimos anos se reflete também no tamanho da equipe da consultoria, que duplicou sua estrutura funcional, passando de 354, em 2019, para 801 colaboradores e colaboradoras no final de 2022. Hoje, a empresa possui profissionais atuando em todo o país, valorizando competências, conhecimentos locais e diversidade.
Segundo Renata Aparecida Guirelli, coordenadora de Desenvolvimento Humano e Organizacional (DHO) da empresa, a equipe da Synergia é composta por 56% de mulheres, e 54% de homens e mulheres autodeclarados pretos e pardos. Nos cargos de liderança, 65% são mulheres e 43% homens e mulheres autodeclarados pretas ou pardas. Segundo Renata, ainda há um caminho a percorrer para aumentar o percentual de pessoas pretas e pardas nos cargos de alta direção, onde representam ainda apenas 4%.
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