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FIINSA: Festival debate a bioeconomia e sustentabilidade na Amazônia

Publicado em: 15/12/2022

Nos dias 29 e 30 de novembro, em Manaus, aconteceu a 2ª edição do Festival de Investimento de Impacto e Negócios Sustentáveis da Amazônia (FIINSA), promovido pela Idesam, AMAZ Aceleradora de impacto e Impact HUB Manaus.

O evento, que teve a participação de “empreendedores, investidores, organizações da sociedade civil e outros atores que integram o ecossistema de impacto na região”, abordou temas como os desafios e oportunidades do empreendedorismo, a estruturação do ecossistema, os impactos para as comunidades, financiamento e acesso à capital e pesquisa, desenvolvimento e inovação. A bioeconomia e o futuro da Amazônia também foram temas de destaque.

Synergia no FIINSA
FIINSA contou com palestras de empresas nacionais e internacionais e participação de lideranças indígenas da Amazônia. Foto: Synergia

A 2ª edição do FIINSA apresentou 29 painéis e contou com a participação de grandes lideranças da Amazônia, como a cacica da aldeia Kaarimã, Juma Xipaia, e o líder maior do povo Paiter Suruí, Almir Suruí, entre outros/as. Mais da metade (58%) das pessoas que participaram do evento eram de Manaus.

O festival também incluiu em seu calendário oficinas temáticas, lançamento de projetos, sessões de pitch, feira de negócios, mercado com produtos sustentáveis da Amazônia, rodadas de negócio e investimento e stands de parceiros.

FIINSA e o novo modelo disruptivo de desenvolvimento

O FIINSA reforçou a possibilidade e a necessidade de um novo modelo disruptivo de desenvolvimento, que considere as estruturas, as dinâmicas, as comunidades locais e a multidiversidade, com soluções distintas para os diferentes desafios e realidades amazônicas.

Gabriela Goulart, especialista de Gestão Socioambiental da Synergia que esteve presente no festival, destacou a importância do investimento, do incentivo e da valorização de pequenos/as empreendedores/as locais, além da participação fundamental das pessoas do território nas decisões. “Essa multidiversidade só é respeitada por quem é daqui, só é possível pensar a Amazônia a partir da Amazônia. Quem tem a possibilidade de exportar um novo modelo de desenvolvimento é a Amazônia. Existem oportunidades, mas é preciso mais investimento, incentivo e políticas públicas. As soluções devem conversar com essa multidiversidade. A estratégia precisa ser iniciada agora e ser pensada por quem é amazônida”, comentou Gabriela.

E para auxiliar no desenvolvimento dos negócios locais, Gabriela Rebouças, líder de operações da Impact Hub Manaus, reforça que é preciso aprender com os povos originários sobre como e por qual motivo eles construíram seus negócios na região. Gabriela aponta a importância das grandes empresas se adaptarem aos processos e contextos locais, incorporando conhecimento para a troca de experiências: “A grande dificuldade que algumas organizações têm, que pode até mesmo significar o fracasso de alguns projetos, é chegar realmente com esse modelo pronto e falar ‘se encaixem aqui’, quando deveria acontecer o contrário. Somos nós que estamos nos inserindo aqui.  Precisamos aprender e nos adaptar de acordo com a realidade daqueles povos”, comenta.

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